“Jeremias 18:1- Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo: Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a palavra do SENHOR: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? - diz o SENHOR.”
Esse mesmo convite o Senhor me fez em fevereiro de 2004.
E Ele me disse: Vá até a Rua Afonso Celso, nº 1050 (onde funcionava o consultório da Dani), e lá ouvirá as minhas palavras através da boca de uma filha minha, e lá você conhecerá toda a mudança e os planos que eu tenho para realizar na sua vida. Esta parte eu não ouvi, mas o meu espírito recebeu o convite. Converti-me em junho deste ano, me batizando em novembro do mesmo.
E o “OLEIRO” começou a quebrar, começado o processo naquela época. Quando cheguei lá tinha terminado meu terceiro casamento e achava que quando encontrasse a pessoa certa eu poderia ser feliz, não tinha consciência de que eu poderia ter sido feliz com qualquer um daqueles homens que casei se tivesse convidado o Senhor para fazer parte das nossas vidas e deixá-lo nos transformar.
Trabalhava como louca, nunca tive tempo para minha família e não conseguia construir nada. Era casada com a minha profissão, era “independente” e achava que não precisava de ninguém. Eu me bastava. Não entendi direito porque estava indo atrás de uma “terapeuta”, pois tudo estava bem. O meu orgulho e auto-suficiência era tão grande, que não me deixava enxergar a minha solidão, a minha dificuldade de me relacionar, e nem os 15 cm a mais (o falo) que eu carregava e exibia com orgulho, competindo com qualquer homem que cruzasse o meu caminho. “Maldição Hereditária vivida por cada mulher da minha família”
Só não carreguei a bandeira do feminismo e não virei sapatão, mas confesso que já começava a pensar que talvez fosse mais feliz se conseguisse me relacionar com uma mulher.
A primeira coisa que o Senhor tratou, foram as minhas faltas, o meu relacionamento com meu pai, perdoá-lo e amá-lo. Para que eu pudesse abrir a porta para o Senhor... O MEU VERDADEIRO PAI, o único que posso hoje depositar toda confiança e saber que cuidará de mim. Conseqüentemente foi curando as feridas que os homens, incluindo meu pai, foram abrindo na minha alma.
Quando o Senhor me chamou para a morte (da Jaira s/ Cristo), eu não sabia muito que eu queria, mas eu já sabia o que eu não queria.
Eu levei a sério a minha conversão, não tive um pé na igreja e o outro no mundo. Eu me entreguei na quebradeira. Tinha medo sim, mas fui tornando uma mulher obediente à medida que o Senhor ia ditando as normas. Passei por processos muito dolorosos, não que o Senhor nos force ou nos machuque. Mas o processo de desconstrução dói.
Dói porque resistimos, porque temos medo, dói porque não queremos entregar o “falo” porque não queremos deixar a casinha ser destruída. Aquela que construímos ao longo dos anos para nos proteger, nos dar segurança, e nos colocar “em um lugar ao sol”.
Eu me lembro que no dia em que me dei conta do quão seca estava a minha alma, e o deserto em que eu me encontrava e que para mudar isso, era preciso deixar o Senhor me inundar com seu rio, eu entrei em Pânico. E eu teria que depositar NELE toda a esperança que eu não tinha.
E Ele deu-me esperança, confiança, para que eu me entregasse.
Chorei e choro ainda muitas vezes no colo do Senhor, que Ele nunca me nega. Perdi muitas coisas que outrora valorizava, para ganhar no meu coração o valor da família, que hoje valorizo e que eu SEI que o Senhor é fiel e justo para me restituir.
E Deus vem alargando a cada dia mais as minhas asas, a cada dia uma pena maior, para que eu tenha vôo de águia e não de pomba.
Veio o primeiro trabalho de libertação, depois o segundo e todos os outros que tenho tido o privilégio de receber cura a cada terça feira.
Hoje o meu trabalho não é a coisa mais importante da minha vida, eu espero pelo marido que o Senhor separou para mim, eu quero ter a minha família. Hoje eu trabalho com crianças, pois Deus me deu um Ministério com elas, para curar “a minha”.
A mulher Jaira mudou completamente: O falar, o agir, o pensar, o sentir (principalmente os sentimentos), e o vestir.
A minha visão como mulher e o entendimento do meu papel, está cada dia mais parecido com os planos iniciais de Deus para a minha vida.
Um beijo e obrigada pela oportunidade.
Jaira
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