Era uma vez uma mulher chamada Sara...

casou-se jovem e cheia de sonhos, era uma mulher companheira e não tardou em acompanhar seu marido, quando este, seguindo a orientação de Deus, começou a construir sua própria história. O início não foi fácil para Sara, pois seu marido ainda era imaturo espiritualmente e muitas vezes egoísta, o que fez com que Sara tivesse que pagar preços caros e ganhasse marcas profundas no seu emocional. Certa vez seu marido até entregou-a a outro homem. Pensando em garantir sua segurança física, comprometeu a integridade emocional de sua esposa... Pobre Sara, deve ter sido muito frustrante e dolorido, pois aquele a quem Deus constituiu para amá-la e guardá-la era quem mais a estava ferindo.

      Os anos foram passando, e a amargura crescendo no coração de Sara. Se ela ao menos tivesse um filho... mas nem isso Deus concedia a ela, e muitas vezes, esses pensamentos de acusação contra Deus tomavam todo o ser de Sara. Com toda essa tristeza dentro de si, Sara e seu marido foram se distanciando, e descompassando o passo... Deus instruía seu marido dia a dia e enchia seu espírito de Suas promessas, e ele crescia em fé, mas Sara... Sara não acreditava mais, diante das promessas de Deus, Sara ria com ironia, não por que ela fosse má, imagine, Sara só não sabia o que fazer com todo o sentimento que carregava no peito. A amargura era tanta que Sara, um dia, numa discussão, gritou com seu marido “Que o Senhor julgue entre mim e ti!”, no fundo era isso que ela pensava mesmo, ela se achava muito mais espiritual que seu marido, e já estava cansada de pagar tantos preços enquanto ele vivia se acovardando. Ela tinha certeza que se houvesse um julgamento entre ela e seu marido, Deus com certeza diria que ela estava certa.

     Se ela ao menos soubesse... Ah se ela ao menos soubesse os pensamentos de Deus! A ótica de Deus era outra, Ele sabia sim das dores de Sara, e tinha se levantado sempre em sua defesa, tinha até ameaçada reinos inteiros para defender Sua menina Sara, mas ela não levava isso em consideração, ela só olhava para seu marido... esquecia-se de olhar pra Deus e pra Sua fidelidade.

     Deus foi tão fiel, que cumpriu todas as Suas promessas, Sara teve um filho lindo, seu marido se tornou um grande e corajoso homem, e no dia de sua morte chorou sentidamente a perda de sua amada Sara.

     E Sara, pobre Sara, deixou-se consumir pela amargura e só passou a sorrir no fim de seus dias, mas quanto ela já tinha perdido... tudo poderia ter sido tão mais leve e mais prazeroso se Sara tivesse escolhido acreditar nas promessas...

   Sara foi uma grande mulher, mas teria sido muito mais feliz, se ao invés de olhar tanto para seu marido, tivesse olhado mais para Deus!!!

    Daniela Flieger Nascimento